Polícia Federal pediu prorrogação por mais 60 dias de inquérito que mira candidato
a presidente do Senado para diligenciar dados do doleiro Juca Bala e das empresas
responsáveis por transportar dinheiro da Odebrecht

O executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho afirmou, em delação premiada, ter se reunido em 2014, no Senado, com Jucá e Renan, oportunidade em que os parlamentares teriam pedido vantagens indevidas para o financiamento de suas campanhas eleitorais naquele mesmo ano. Nas planilhas de repasses da Odebrecht, Jucá é apelidado de ‘Caju’ e ‘Cacique’. Já Renan consta como ‘Atleta’ e ‘Justiça’.
Nos inquéritos relacionados a supostas propinas da Odebrecht, as autoridades têm ouvido doleiros responsáveis pela operacionalização dos repasses e funcionários das transportadoras contratadas para realizar as entregas. Segundo a delação da empreiteira, usualmente, eram fornecidas senhas, além de um horário e local para retirada dos valores aos beneficiários. Nesta segunda-feira, o Estado revelou que somente os valores operados pelo doleiro Álvaro José Novis apontam o caminho de R$ 120 milhões em propinas a diversos investigados.
Na investigação sobre Jucá e Renan, a Polícia Federal considera ‘indispensável análise comparativa entre as planilhas apresentada pelo doleiro e colaborador Vinícius Claret’, o Juca Bala, ‘no tocante às anotações do programa “Exportação” junto às demais fontes de informação externas ao grupo Odebrecht, oriundas das empresas Hoya Corretora de Valores e Transnacional/Transexpert, responsáveis pela efetivação das entregas de dinheiro’.
COM A PALAVRA, RENAN CALHEIROS
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa. O espaço está aberto para manifestação.
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