Tradição militar internacional, a continência é prestada até para bandeiras estrangeiras.

Nada errado com a continência de Bolsonaro ao assessor de Trump

Nada errado com a continência de Bolsonaro ao assessor de Trump

Tradição militar internacional, a continência é prestada até para bandeiras estrangeiras.

O presidente eleito Jair Bolsonaro e o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, se encontraram na manhã desta quinta-feira (29).
Com participação na Guerra do Vietnã, Bolton é um militar norte-americano da reserva. Ao receber o assessor do presidente Donald Trump, Bolsonaro fez um gesto de continência.
Como era de se esperar, muitos jornalistas e militantes de esquerda estão utilizando o vídeo abaixo para alegar uma forma de subserviência do futuro chefe de Estado do Brasil ao representante dos Estados Unidos.

Continência é sinal de respeito

A continência é um tipo de cumprimento presente em todo o mundo e teria origem na Idade Média.
O gesto lembra o movimento da mão para erguer a viseira do elmo das armaduras de metal. Como os guerreiros somente iriam levantar a viseira nos momentos em que estivessem frente a frente com aliados, a continência se tornou uma saudação entre forças armadas.
No Brasil, a continência não é apenas um costume do meio militar, sendo regulamentadas. O Decreto N° 6.806, de 2009, dita regras gerais “estando o militar de serviço ou não, em área militar ou em sociedade, nas cerimônias e solenidades de natureza militar ou cívica”.

Nada errado com a continência de Bolsonaro para Bolton

De acordo com informações da Força Aérea Brasileira, os militares devem prestar continência para a Bandeira Nacional, o Hino Nacional e uma série de autoridades militares e civis, como presidente, vice-presidente, presidentes da Câmara, Senado e Supremo Tribunal Federal, governadores e chefes de missões diplomáticas.
Como você pode conferir no Decreto N° 6.806, até bandeiras, hinos e autoridades de nações estrangeiras devem ser saudadas.
Portanto, apesar de toda histeria com a continência prestada por Bolsonaro ao assessor de Trump, não há nenhum problema com o gesto.

Comentários