Fatima alegou que ainda existe muito
preconceito e falta de informação sobre o assunto, por isso estava
apoiando uma “Campanha de aceitação e respeito”
O programa Encontro, apresentado pela
rede Globo pelas manhãs, abordou nesta sexta-feira (17), mais uma vez a
questão das crianças transgênero.
Fátima Bernardes anunciou logo no
início que iria falar sobre “crianças que não se identificam com o sexo
com que nasceram”.
O especialista convidado foi o psiquiatra
Alexandre Saadeh, que é coordenador do Ambulatório transdisciplinar de
identidade de gênero e orientação sexual do Hospital das Clínicas de São
Paulo. Ele fez questão de frisar que “Não tem nada de errado” com as
crianças que desde cedo acreditam ter nascido “no corpo errado”. Citou
ainda que atende meninos e meninas com “3 ou 4 anos de idade”.
Usando um conhecido discurso, alegou que
o Ambulatório “não faz intervenção” e que cada um pode ser o que
quiser, pois “criança não tem preconceito”. Para o psiquiatra, o gênero é
uma construção social e mencionou que eles acompanham casos “até a
entrada da puberdade”, antes de começar o tratamento hormonal, que gera
mudanças no corpo.
Fatima alegou que ainda existe muito
preconceito e falta de informação sobre o assunto, por isso estava
apoiandro atingiria “1 homem a cada 100 mil e uma mulher a cada 400 mil”.
Uma das convidadas era Alexsandra, mãe da Isabela, de 10 anos, que nasceu menino, mas nunca se identificou com o gênero de nascimento. Agora, apoiado pelo Ambulatório do HC de São Paulo, “assumiu” uma identidade de menina e trocou inclusive de nome.
Em seguida, foi mostrado o caso de “Renata”, um adulto transexual que afirma ter recebido todo o apoio da família para assumir essa condição aos 13 anos. Estava presente no palco o ator Ricardo Tozzi, que afirmou ver uma questão espiritual nesse tipo de situação. “Se nasceu na sua família é uma questão que você tem de desenvolver”, afirmou.
De modo geral, o programa tentou dar uma luz positiva sobre uma questão complexa, tentando mostrar que ela deveria ser vista com “naturalidade”. A certa altura Fátima reclamou dos comentários na internet que faziam críticas ao programa por tratar desse assunto.
A média de audiência do Encontro é 10 pontos no Ibope. Se cada ponto de audiência equivale a 690 mil espectadores, portanto são cerca de 7 milhões de brasileiros ouvindo sobre mudança de sexo biológico de crianças.Peo uma “Campanha de aceitação e respeito”, simbolizada pelas
borboletas que decoravam o cenário do programa. Também apresentou alguns
dados sobre o assunto, alegando que a disforia de gênelo fato de ir ao ar no
horário matutino, chama atenção de não haver qualquer alerta sobre o
conteúdo.
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