Lava jato pega FHC e o próximo pode ser Aécio Neves

Pegou fogo no circo: Lava jato pega FHC e o próximo pode ser Aécio Neves

A Operação Lava Jato investiga um suposto esquema de corrupção na compra de termoelétricas pela Petrobras, no período de 1999 a 2001, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A Polícia Federal abriu inquérito para apurar a aquisição envolvendo as empresas Alstom/GE e NRG. A investigação parte da delação do ex-diretor da áreaInternacional da Petrobras Nestor Cerveró, que, na década de 1990, era gerentede energia do Departamento Industrial da estatal petrolífera.
O ex-diretor afirmou que a primeira empresa a fornecer turbinas para a Petrobras para construção e exploração de termoelétricas foi a ABB, em 1999, posteriormente adquirida pela Alstom, depois adquirida pela GE. “Nessa primeira aquisição de turbinas já houve o pagamento de propina”, que “foi negociada com o representante da ABB no Rio de Janeiro”, afirmou Cerveró.
“Se acertou o pagamento de uma propina de 600.000 a 700.000 dólares”, diz o relato. Cerveró também afirmou que “na época de Fernando Henrique abri uma conta na Suíça para receber propina”.
A jornalista Mônica Bergamo informa que o senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do PSDB, está sendo delatado “com prazer” pelas empreiteiras Odebrecht e OAS, as duas maiores do País.
“De acordo com integrante da equipe que acompanha as delações, tanto executivos da Odebrecht quanto Léo Pinheiro, da OAS, acham que Aécio colocou fogo na Operação Lava Jato porque imaginava que ela só atingiria o PT. Pouco teria se importado com as empreiteiras”, diz ela. “Recados enviados inclusive por Marcelo Odebrecht, que dizia ser amigo do tucano, teriam sido desprezados pelo mineiro.”
Tanto Marcelo Odebrecht como Léo Pinheiro, ex-presidentes da Odebrecht e da OAS, avaliam que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) tocou fogo no circo imaginando que a Lava Jato atingiria apenas o PT – e não todo o sistema político brasileiro, levando junto as empreiteiras.

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