CONTAS DE BETHLEM SÃO CONSTATAÇÃO DO SISTEMA DE PODER CORRUPTO DO PMDB

Marcelo Freixo compartilhou a foto de PSOL Rio de Janeiro.
3 h · Editado · 
A revista “Época” revela, em reportagem, que foram descobertas cinco novas contas na Suíça controladas por Rodrigo Bethlem, ex-secretário de Ordem Pública e de Assistência Social do governo Eduardo Paes (PMDB). Entre fevereiro de 2011 e julho de 2014, as contas movimentaram US$ 710 mil (R$ 2,1 milhões)
CONTAS DE BETHLEM SÃO CONSTATAÇÃO DO SISTEMA DE PODER CORRUPTO DO PMDB
A revista “Época” revela, em reportagem, que foram descobertas cinco novas contas na Suíça controladas por Rodrigo Bethlem, ex-secretário de Ordem Pública e de Assistência Social do governo Eduardo Paes (PMDB). Entre fevereiro de 2011 e julho de 2014, as contas movimentaram US$ 710 mil (R$ 2,1 milhões), segundo documentos recebidos pelo Ministério Público (MP). Bethlem está afastado do governo municipal desde 2014.
Recentemente, Eduardo Paes disse que Bethlem deve uma satisfação à sociedade, e que nunca mais encontrou o ex-secretário, antigo braço direito de seu governo. No entanto, os dados divulgados pelo MP revelam que é impossível separar as denúncias contra Bethlem do esquema de poder do PMDB. Segundo as informações, o titular de uma das contas seria Jorge Felippe (PMDB), presidente da Câmara de Vereadores do Rio e responsável por conduzir a base do governo municipal na casa.
Jorge Felippe é pai de Vanessa Felippe, ex-mulher de Bethlem com quem o ex-secretário é ouvido nas primeiras denúncias divulgadas, em julho de 2014. Nas conversas do casal na época, Bethlem admitia que recebia mais do que os R$ 18 mil de salário de secretário. Cerca de R$ 85 mil mensais eram desviados para a Suíça de acordo com ele mesmo, nos áudios revelados.
Em uma das contas, dois depósitos, no total de US$ 146 mil, foram feitos por Pedro Henrique Mayrink, que é primo do suíço-brasileiro Bernardo Freiburghaus, suspeito de intermediar pagamento de propinas da Odebrecht em contas na Suíça. A Odebrecht é a construtora que mais vence licitações no Estado do Rio de Janeiro. Recentemente, seu presidente Marcelo Odebrecht foi preso na Operação Lava Jato.
Até 2014, Bethlem era o braço direito de Eduardo Paes, que depois das denúncias buscou se descolar do ex-secretário. Mas é impossível não verificar a clara relação entre as contas na Suíça e o esquema de poder implantado pelo PMDB na cidade do Rio de Janeiro – e no Estado, de maneira mais geral.

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