Brasileiro condenado à morte na Indonésia

Brasileiro condenado à morte na Indonésia será executado sábado (17)

Indonésia negou o último pedido de clemência ao brasileiro e, por isso, ele deve ser executado
Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)
Atualizado em 15/01/2015 10:59:50
  
O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53 anos, preso na Indonésia por tráfico de drogas, será executado neste sábado (17). A morte será por fuzilamento. A informação foi dada pelo governo da Indonésia, através do porta-voz da Procuradoria-Geral. Tanto Marco como o Itamaraty já foram informados da execução e não há mais impedimentos legais para evitá-la.
A Indonésia negou o último pedido de clemência ao brasileiro na sexta-feira (9). O pedido definitivo foi negado em 31 de dezembro pelo presidente Joko Widodo. A primeira vez que o pedido foi negado foi em 2006. O cumprimento da pena de morte deve ser questão de tempo, já que os sentenciados só têm avaliados os pedidos de perdão duas vezes.
Marco Archer (à direita) e seu advogado. Ele ficou chocado ao saber da confirmação da execução.
(Foto: Divulgação)
Segundo o jornal 'Folha de S. Paulo', além do brasileiro, outros cinco condenados devem ser executados no mesmo dia. A presidente Dilma Rousseff enviou uma carta em dezembro ao governo da Indonésia pedindo a não execução do brasileiro. O gabinete da presidente avalia se ainda há algo que possa ser feito para interceder pelo brasileiro.
PrisãoMarco Archer foi preso em 2003 ao tentar entrar no aeroporto de Jacarta com 13,4 kg de cocaína escondidos em tubos de asa delta. Além dele, há outro brasileiro condenado à morte no país. O paranaense Rodrigo Gularte aguarda o segundo pedido de clemência.
Na quarta-feira (14), Marco foi levado da prisão onde está para outra unidade já como parte do procedimento preparatório da execução. Segundo o jornal 'Folha de S. Paulo', o brasileiro ficou chocado ao saber da execução. "Ele ficou muito assustado ao ser levado da cela e pensou que seria executado imediatamente", disse Utomo Karim, advogado pago pelo governo brasileiro para defendê-lo da sentença de morte.
Uma tia de Marco já viajou para a Indonésia. No Brasil, amigos se mobilizaram nas redes sociais para evitar o fuzilamento. Ainda de acordo com o advogado, somente uma intervenção de Dilma Rousseff diretamente ao presidente da Indonésia, Joko Widodo, pode adiar a execução.
A Folha apurou ainda que Widodo não respondeu os contatos feitos pelo Brasil. Assim como seu antecessor, ele impôs linha dura contra traficantes e prometeu executá-los, tendo amplo apoio da população.

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