sexta-feira, 29 de novembro de 2013 - 20h42 Atualizado em sexta-feira, 29 de novembro de 2013 - 21h17
Cometa Ison
Astrônomos não conseguem mais detectar sua presença
Sequência mostra o que pode ser os restos do comete ISON após passar pelo solESA/NASA/SOHO/GSFC
da AFP noticias@band.com.br
Tudo indica que o cometa Ison não resistiu a sua passagem perto do Sol, deixando apenas um rastro de poeira que irá desaparecer com o tempo, informaram astrônomos nesta sexta-feira.
No entanto, esta informação ainda não foi confirmada e há quem mantenha a esperança de que o cometa tenha resistido, após a aparição de pequenos sinais luminosos por trás do disco solar, segundo imagens do satélite de observação Soho.
Desde que foi descoberto em 2012 por astronautas russos, o cometa Ison fascina a comunidade científica porque remonta às origens do Sistema Solar, ocorrida há cerca de 4,5 bilhões de anos.
"Vamos ter de esperar um pouco para ver como ele se comporta nos próximos dias e semanas", declarou à AFP o especialista em cometas Gerhard Schwehem, da Agência Espacial Europeia.
"Não é impossível que parte do núcleo do cometa tenha resistido após sua passagem perto do Sol", acrescentou, reconhecendo, contudo, que isso seria improvável. "Aparentemente, o núcleo se desintegrou e o que vemos são basicamente restos".
Apelidado de "Cometa de Natal", o gigante de gelo e rocha, parecido com uma bola de neve suja, passou a uma distância de apenas 1,17 milhão de quilômetros do Sol, em torno das 16h30 (horário de Brasília) da quinta-feira.
Calcula-se que Ison enfrentou temperaturas de 2,7 mil ºC, perdendo três milhões de toneladas por segundo durante sua passagem em frente ao astro. Muitos astrônomos previram que o cometa, que teria cerca de 1,2 quilômetro de diâmetro, não sobreviveria à passagem.
Ison tornou-se perceptível apenas por um observatório da Nasa e pelo Soho (Observatório Solar e Heliosférico), administrado em conjunto pela Nasa e a ESA (Agência Espacial Europeia). O Observatorio da Dinâmica Solar da Nasa, por sua vez, não foi capaz de detectá-lo.
"Parece que o cometa Ison provavelmente não aguentou a viagem", disse Karl Battams, especialista do Laboratório de Pesquisa Naval de Washington, durante uma mesa redonda organizada pela Nasa na quinta, após a análise das primeiras imagens.
"Acabo de ver as imagens de satélite mais recentes e não vejo nada sair de trás do disco solar", acrescentou.
Horas depois, imagens distribuídas pelas agências espaciais dos Estados Unidos e da Europa pareciam mostrar um pequeno sinal que emergia detrás do Sol, na mesma trajetória em que o cometa se encontrava.
Porém, os astrônomos se apressaram em dizer que isso não significa, necessariamente, que o cometa, ou até mesmo uma parte dele, tenha sobrevivido. "Acho que é uma grande quantidade de poeira porque quando sai (detrás do Sol) vê-se uma cauda que é muito mais ampla, como um leque se abrindo", disse Schwehm.
Jacques Crovisier, um astrônomo do Observatório de Paris, concorda. "É difícil dizer sem ter todos os elementos. Sim, há algo lá, mas, a meu ver, são os restos, a cauda do cometa que ainda não desapareceu", afirmou. "Parece que não há nenhuma atividade do cometa, não há mais ejeção de gás", acrescentou.
A cauda é formada quando o núcleo, composto por poeira e gelo, passa por uma elevação da temperatura que faz o material fundido verter.
O cometa teria escapado, há alguns milhões de anos, da nuvem de Oort, uma espécie de conglomerado de cometas gigantes localizado nos confins do Sistema Solar, no meio do caminho entre o Sol e a próxima estrela.
No entanto, esta informação ainda não foi confirmada e há quem mantenha a esperança de que o cometa tenha resistido, após a aparição de pequenos sinais luminosos por trás do disco solar, segundo imagens do satélite de observação Soho.
Desde que foi descoberto em 2012 por astronautas russos, o cometa Ison fascina a comunidade científica porque remonta às origens do Sistema Solar, ocorrida há cerca de 4,5 bilhões de anos.
"Vamos ter de esperar um pouco para ver como ele se comporta nos próximos dias e semanas", declarou à AFP o especialista em cometas Gerhard Schwehem, da Agência Espacial Europeia.
"Não é impossível que parte do núcleo do cometa tenha resistido após sua passagem perto do Sol", acrescentou, reconhecendo, contudo, que isso seria improvável. "Aparentemente, o núcleo se desintegrou e o que vemos são basicamente restos".
Apelidado de "Cometa de Natal", o gigante de gelo e rocha, parecido com uma bola de neve suja, passou a uma distância de apenas 1,17 milhão de quilômetros do Sol, em torno das 16h30 (horário de Brasília) da quinta-feira.
Calcula-se que Ison enfrentou temperaturas de 2,7 mil ºC, perdendo três milhões de toneladas por segundo durante sua passagem em frente ao astro. Muitos astrônomos previram que o cometa, que teria cerca de 1,2 quilômetro de diâmetro, não sobreviveria à passagem.
Ison tornou-se perceptível apenas por um observatório da Nasa e pelo Soho (Observatório Solar e Heliosférico), administrado em conjunto pela Nasa e a ESA (Agência Espacial Europeia). O Observatorio da Dinâmica Solar da Nasa, por sua vez, não foi capaz de detectá-lo.
"Parece que o cometa Ison provavelmente não aguentou a viagem", disse Karl Battams, especialista do Laboratório de Pesquisa Naval de Washington, durante uma mesa redonda organizada pela Nasa na quinta, após a análise das primeiras imagens.
"Acabo de ver as imagens de satélite mais recentes e não vejo nada sair de trás do disco solar", acrescentou.
Horas depois, imagens distribuídas pelas agências espaciais dos Estados Unidos e da Europa pareciam mostrar um pequeno sinal que emergia detrás do Sol, na mesma trajetória em que o cometa se encontrava.
Porém, os astrônomos se apressaram em dizer que isso não significa, necessariamente, que o cometa, ou até mesmo uma parte dele, tenha sobrevivido. "Acho que é uma grande quantidade de poeira porque quando sai (detrás do Sol) vê-se uma cauda que é muito mais ampla, como um leque se abrindo", disse Schwehm.
Jacques Crovisier, um astrônomo do Observatório de Paris, concorda. "É difícil dizer sem ter todos os elementos. Sim, há algo lá, mas, a meu ver, são os restos, a cauda do cometa que ainda não desapareceu", afirmou. "Parece que não há nenhuma atividade do cometa, não há mais ejeção de gás", acrescentou.
A cauda é formada quando o núcleo, composto por poeira e gelo, passa por uma elevação da temperatura que faz o material fundido verter.
O cometa teria escapado, há alguns milhões de anos, da nuvem de Oort, uma espécie de conglomerado de cometas gigantes localizado nos confins do Sistema Solar, no meio do caminho entre o Sol e a próxima estrela.
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