quarta-feira, 31 de julho de 2013 - 16h56 Atualizado em quarta-feira, 31 de julho de 2013 - 17h09
Boechat: Cabral pecou em resposta à protestos
O governador do RJ foi “antipático, insensível e prepotente” com manifestantes e sofre com baixa popularidade, disse o jornalista
O protesto começou no último domingo no LeblonAlessandro Buzas/Futura Press/Folhapress
Da Redação, com BandNews FM noticias@band.com.br
O jornalista Ricardo Boechat falou, em seu comentário na Rádio BandNews FM, sobre o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, nesta quarta-feira. Para ele, a baixa popularidade do governador é causada pela forma com que ele se relacionou com a população e respondeu às manifestações.
Cabral teve a pior avaliação entre os governadores, segundo uma pesquisa feita pelo Ibope. “Diante do aumento do tom das manifestações ele aumentou a repressão”, afirmou Boechat. O governador chegou a pedir a quebra do sigilo financeiro e telefônico de alguns manifestantes. Recentemente ele mudou de postura disse querer dialogar, além de assumir que faltou humildade durante as negociações anteriores.
Manifestantes permanecem protestando todos os dias em frente à casa do político, que fez um apelo “não em nome do governador, mas do pai de família Sérgio Cabral”. Ele disse que tem filhos pequenos em casa e pediu que transferissem o palco das manifestações para o Palácio Guanabara, sede do governo e não no bairro do Leblon, palco das manifestações que vêm acontecendo.
Segundo Boechat, Cabral representa uma “figura antipática, insensível, prepotente, que afrontou a população com suas atitudes”. Também acredita que o tom de prepotência e autoritarismo, é uma marca da do homem público brasileiro. “Quando você diz para o governador Ciro Gomes, do Ceará, que é um absurdo ele contratar um show da Ivete Sangalo por R$ 600 mil pra fazer a falsa inauguração de um hospital ele parte pra cima de você (...) são os coronelões da política”.
Sobre a mudança de postura do governador, que disse ter mudado após a passagem do papa o jornalista tem dúvidas. “Sua mudança de discurso [de Sérgio Cabral] está tendo tão radical que se for porque o senhor ouviu algo do papa que o fez mais humilde, eu diria: uma reação humana, vamos ver aonde vai. Eu só tenho medo de você ter ouvido um marqueteiro. Um papa do marketing politico”.
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