Inovação abre novo mercado para cupuaçu e pupunha

Pesquisas saem do papel e viram produtos com matéria-prima local.
[ i ]O pesquisador e empresário Mário Oiram Fogaça obteve licença para produzir 6 mil garrafas da bebida alcoólica fermentada de cupuaçu, também conhecido como vinho de cupuaçu.
Manaus - O aproveitamento e beneficiamento de produtos regionais são as apostas dos institutos de pesquisa do Amazonas para a comercialização nos mercados interno e externo. Com a inovação tecnológica, os estudos sobre a bebida fermentada de cupuaçu e a farinha de pupunha saíram do papel e vão ser produzidas em escala industrial nos próximos meses.
O advogado, pesquisador e empresário Mario Oiram Fogaça aguarda o registro do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para colocar no mercado mais de 6 mil garrafas da bebida alcoólica fermentada de cupuaçu, também conhecido como vinho de cupuaçu, além disso, nos próximos meses, a farinha de pupunha também vai começar a ser produzida em escala industrial pela empresa Néctar Frutos da Amazônia.
Desde a Antiguidade, faraós e reis degustavam bebidas fermentadas originadas da uva e do trigo. Já na Ásia, o saquê é a tradicional bebida originada da fermentação do arroz. No Amazonas, o cupuaçu foi a fruta escolhida pelo empresário para ser transformada em bebida fermentada.
Mario é proprietário da empresa Oiram Indústria de Produtos Alimentícios, que produz bebidas e alimentos derivados utilizando frutas regionais do Amazonas.
Com sabor suave, o ‘vinho de cupuaçu’ tem gosto parecido com o de uva e teor alcoolico de 12%. “É um produto inovador que gera patente para o Estado e interesse do mercado”, afirmou o empresário.
Prateleiras
O empresário esperava estar com o produto nas prateleiras de lojas especializadas e restaurantes em janeiro deste ano, porém a demora na aprovação do Mapa atrasou a programação.
Atualmente, são produzidos 200 garrafas por dia e para que o projeto seja viável a produção anual deve ser de 50 mil garrafas no ano.
A empresa foi pioneira na produção e comercialização de produtos de chocolate com recheio de geleia de frutas regionais do Amazonas. Por meio da experiência na manipulação de frutas da região e com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), a empresa avançou nas pesquisas e lançou os licores de cupuaçu, araçá-boi, açaí e jenipapo.
Os próximos projetos do advogado, empresário e pesquisador é o desenvolvimento da bebida fermentada de açaí e o borbulhante de cupuaçu.

Comentários