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Discriminação, intolerância de cor, raça, etnia, religião e origem



O Dia Online
27.04.2013 às 23h59 > Atualizado em 27.04.2013 às 21h28

'Gritaram que eu era um nordestino de m...', conta vítima de agressão em Niterói

POR ALESSANDRO LO-BIANCO
Rio -  Um grupo que se identificou como skinhead foi detido na manhã deste sábado, na Praça Arariboia, Centro de Niterói, acusado de agressão ao nordestino Cirley Santos, de 33 anos, que circulava na região à procura de emprego.
A vítima foi salva por guardas municipais chamados por pedrestres, quando os sete jovens avançavam em direção à vítima com facas e taco de beisebol. “Um deles gritou que eu era um nordestino de merda e me deu com soco na cara. Aí, levantou o braço direito e fez saudação nazista para mim em nome de Hitler”, contou, revoltado, Cirley. O grupo já teria agredido outras pessoas.
Grupo é preso no Centro de Niterói após agredir um nordestino | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
Grupo é preso no Centro de Niterói após agredir um nordestino | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
Composto por cinco homens (a maioria de cabeças raspadas e com tatuagens de símbolos da suástica), uma mulher e um menor de 15 anos, o grupo foi encaminhado para a 77ª DP (Icaraí). No carro de um deles foi encontrado material de tortura, propagandas nazistas, cartilhas com alusão a Hitler, além de facas, bastões e soco inglês. Três deles têm antecendentes criminais em Minas Gerais e São Paulo.
Segundo a delegada Helen Sardenberg, Tiago Borges Pitta, 28 anos, Carlos Luis Bastos Neto, 33, Caio Souza Prado, 23, Davi Ribeiro Morais, 39, Philipe Ferreira Ferro Lima, 21, e Jéssica O. Charles Ribeiro, 26, que seria namorada do menor, responderão por uma série de crimes que, somados, são inafiançáveis, como lesão corporal, formação de quadrilha, corrupção de menores, além de intolerância de cor, raça, etnia, religião e origem, e fabricação, comercialização ou veiculação de símbolos, ornamentos, distintivos ou propaganda com cruz suástica para divulgação do nazismo.
Material apreendido com agressores faz referência ao movimento neonazista | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
Material apreendido com agressores faz referência ao movimento neonazista | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
Apologia pelo Facebook
Um dos rapazes divulgava o nazismo em rede social. Em página do Facebook que seria de Davi Moraes, há explicações: “Eu luto pela minha raça, se vou para a rua fazer ativismo, é porque acredito no meu ideal, não faço isso por causa do meu estado ou meu país, mas faço pelas pessoas que tem o mesmo ideal pelo qual lutamos”.
O neonazismo está associado ao resgate do nazismo, ideologia propagada por Adolf Hitler, na década de 1920, na Alemanha. Se caracteriza por intolerância e preceitos racialistas por uma ‘raça pura ariana’ ou pela ‘superioridade da raça branca’. Seguidores geralmente discriminam minorias e grupos, como homossexuais, negros, judeus. 

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