Operação Greenfield faz tremer Brasília.Temer está desafiando a Justiça

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Temer

Escutas ambientais foram colocadas no escritório do advogado






O advogado Willler Tomaz, preso na operação Patmos da Polícia Federal, teve o escritório de advocacia no lago sul, bairro nobre de Brasília, monitorado com escutas ambiental autorizada pela justiça. O flagrante que o levou para cadeia foi o pagamento de propina ao procurador da República Ângelo Goulart Villela que repassou informações sigilosas a JBS.

Terremoto em Brasília

O teor do inquérito em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) e das medidas decretadas pelo relator do processo, ministro Edson Fachin, está provocando um alvoroço em Brasília.
Investigadores da Polícia Federal convenceram uma funcionária do escritório de advocacia Willer Tomaz Advogados e Associados a colaborar com as investigações na operação Patmos.

Tem até ministro na agenda

O inquérito é explosivo e nas buscas e apreensões foram recolhidas agendas que revelam os frequentadores do escritório, como exemplo o procurador de Geral de Justiça do DF, Leonardo Roscoe Bessa, ministro do Supremo Ricardo Lewandowski, ex-governador de Brasília José Roberto Arruda, Paulo Octávio e outras autoridades e empresários que usavam o serviço do escritório em “causas diversas”.
O teor explosivo não para por aí, as escutas ambientais com autorização judicial está mantida em segredo. Mas já tira noite de sono dos “clientes” que frequentavam o escritório.

Procurador-geral caiu nas escutas

De Brasília, o Procurador-Geral de Justiça do DF, Leonardo Roscoe Bessa, não só figura seu nome nas agendas, como também nos áudios. Perícias analisam diálogos de todos os clientes e a Justiça vai separar o lícito do ilícito.
Outro ponto que chamou atenção dos investigadores foi o extenso relacionamento do advogado com fundos de pensão e de previdência de municípios.

O advogado, com fácil trânsito no Judiciário e bem remunerado, tem um perfil controverso quanto ao caráter.

Com menos de 10 anos na ativa, o advogado Willer Tomaz conseguiu montar um luxuoso Escritório no Lago Sul, com área gourmet, chef e garçons contratados em restaurantes badalados de Brasília, além de quadras de tênis, com professor à disposição de seus amigos.
Apontado como um sujeito de conversa envolvente, cheio de histórias para contar e contatos com magistrados, Willer desfruta também de muitas amizades no meio político.
No escritório, ele costuma monitorar o trabalho dos funcionários com câmeras que registram toda a movimentação na mansão.
No depoimento prestado à Procuradoria-geral da República, Joesley Batista contou que o advogado Willer Tomaz daria uma quantia de R$ 50 mil, a título de “ajuda de custo”, ao procurador da República Ângelo Goulart Vilella, em troca de informações da força-tarefa para a Operação Greenfield.
Uma boa colaboração para quem tem salário líquido de R$ 23.874,75, já incluídos os penduricalhos, segundo Portal da Transparência do Ministério Público Federal.
Os “clientes” que sabem do que trataram aguardam ansiosamente o resultado da perícia, que pode levar para forca figurões do alto escalão.
(com informações de Mino Pedrosa)

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