Petrobrás: a estatal teve prejuízo de R$ 21,6 bilhões no ano passado

Dilma diz que balanço marca nova era

Dilma diz que sem sombra de dúvida o balanço da Petrobras marca nova era / Antônio Cruz/Agência BrasilDilma diz que sem sombra de dúvida o balanço da Petrobras marca nova eraAntônio Cruz/Agência Brasil
A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que, "sem sombra de dúvida", a divulgação do balanço do ano passado pela Petrobras nesta semana marca uma nova era para a estatal, que vem sofrendo com denúncias de corrupção.

Na quarta-feira, a Petrobras divulgou prejuízo de R$ 21,6 bilhões no ano passado, após contabilizar perdas de R$ 6,2 bilhões por corrupção e reduzir em mais de R$ 44 bilhões o valor de seus ativos.

Em entrevista a jornalistas, ao chegar para um almoço em homenagem à presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, Dilma também negou que o uso de recursos do Fundo Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) pelo Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prejudica o trabalhador.

O economista Antonio Delfim Neto deu uma declaração parecida com a de Dilma na quinta-feira. Ele também afirmou, em entrevista à Rádio Bandeirantes,  que a Petrobras começou uma nova vida após a divulgação do balanço auditado das contas do ano passado. “Ontem nasceu uma nova Petrobras. Se nós soubermos aproveitar, vai dar”, garantiu.

Segundo o economista, após expor o prejuízo de mais de R$ 21 bilhões em 2014, sendo R$ 6 bilhões decorrentes de corrupção, a estatal inicia uma trajetória de retomada da confiança.

Delfim disse ainda que é preciso saudar a volta da Petrobras ao mercado, pois a empresa representa 10% do investimento no país.

“Você precisa realmente de acordos de leniência que punam pessoas jurídicas com multas, punam as pessoas físicas com as penas da lei, mas que permitam que as estruturas produtivas comecem a funcionar”, analisou.

Para o professor Delfim Neto, o tempo para recuperação da estatal dependerá do caminho escolhido e alertou o governo para que não se repita o “erro mortal” de congelar o preço da gasolina para evitar a inflação.

Comentários