BA: defesa de líder grevista pede habeas corpus

 Atualizado em sábado, 19 de abril de 2014 - 14h27

BA

Marco Prisco é vereador e presidente da Aspra (Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia)
Prisco liderou um movimento grevista dos policiais militares da Bahia, que foi encerrado na quinta / Edson Ruiz/Coofiav/FolhapressPrisco liderou um movimento grevista dos policiais militares da Bahia, que foi encerrado na quintaEdson Ruiz/Coofiav/Folhapress
Advogados do líder do movimento grevista da PM (Polícia Militar) da Bahia, Marco Prisco, preso na última sexta-feira, protocolaram na manhã deste sábado um pedido de soltura para o seu cliente na Justiça Federal. Prisco é vereador e presidente da Aspra (Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia) e, após ser detido na Bahia, acabou transferido para o Complexo da Papuda, no Distrito Federal.

O pedido de habeas corpus foi feito ao TRF (Tribunal Regional Federal) e os advogados vão aguardar uma resposta até o fim do dia. “Não vejo o motivo dessa prisão. No pedido, alegamos a perda do objeto, que seria a garantia da ordem pública. O Estado já está pacificado, os policiais estão trabalhando. Não há justificativa para essa medida. Para esse caso, existem outras medidas, como prisão domiciliar, por exemplo”, explicou um dos defensores de Prisco, Dinoemerson Tiago.

Prisco liderou um movimento grevista dos policiais militares da Bahia, que foi encerrado na última quinta-feira. A prisão dele, no entanto, foi motivada por outra greve, também encabeçada pelo vereador, em 2012, quando o MPF/BA (Ministério Público Federal na Bahia) denunciou Prisco e mais seis pessoas por crimes praticados contra a segurança nacional durante essa paralisação.

Policiais militares na Bahia chegaram a considerar um aquartelamento, em repúdio à prisão de Prisco. O comandante da Polícia Militar da Bahia e a própria Aspra, no entanto, recomendaram que os policiais trabalhassem normalmente. “A Aspra entende que um processo de aquartelamento neste momento poderá trazer mais desconforto e insegurança para todos, policiais e sociedade civil”, disse a associação, em nota.

De acordo com a assessoria da PM, “o policiamento está sendo empregado gradativamente com a normalidade estabelecida”. Além disso, a Força Nacional e as Forças Armadas estão atuando em conjunto com os policiais militares.

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