GLOBO e CBF - Parceria que prejudica o futebol

 GLOBO e CBF - Parceria que prejudica o futebol

Alex critica CBF e rede de TV pela organização do futebol brasileiro
Meia
do Coritiba não poupa as críticas: 
'A gente brinca aqui que os jogos de
quarta só rolam depois do último beijo da novela da Globo'

Alex não tem papas na língua quando o assunto é a 
organização do Campeonato Brasileiro. Com seis gols, o artilheiro se 
mostrou insatisfeito e, alegando falta de profissionalismo, pediu 
mudanças dentro e fora de campo no futebol nacional.
Com
muitas críticas na manga, o camisa 10 acredita que a Confederação 
Brasileira de Futebol (CBF) se submete à Globo, alertou que grandes 
jogadores não são suficientes para lotar estádios no Brasil, criticou a 
profissionalização de jogadores aos 16 anos (Lei Pelé) e destacou que no
Brasil há mais preocupação com a parte física que técnica.

"A 
Lei Pelé bagunçou um pouquinho a coisa. Não sei se a culpa é do Pelé, 
mas a lei leva o nome dele. Quando você oferece o nome, você também 
oferece responsabilidade. Você ter um contrato profissional aos 16 anos,
isso aí mudou muita coisa. A molecada hoje em dia chega para treinar 
com empresário, assessor, quatro ou cinco celulares. Para piorar, hoje é
assim: 'Pô, esse garoto aí é baixo' e nem olham para ver se ele tem 
qualidade, tiram a conclusão somente pela altura. A nossa escola na 
parte técnica está perdida. É preciso deixar de lado a parte de técnica e
priorizar a parte física", desabafou o meia em entrevista ao LANCE!Net..

Alex
acredita que o Brasil pode encontrar o caminho certo, se parar com a 
"Globodependêcia". "Acho que a CBF não tem uma interferência dentro do 
futebol tão grande. Ela cuida apenas da seleção brasileira. Quem 
realmente cuida do futebol brasileiro é a Globo. A gente brinca aqui no 
Coritiba que os jogos de quarta-feira só rolam depois do último beijo da
novela", ironizou o meia, um dos destaques do campeonato em 2013.

"A
gente joga bola dez horas da noite. Eu, que vou jogar, vejo uma 
situação ruim, preciso ficar no hotel o dia inteiro esperando. Isso é 
ruim. Mas estou dentro de um hotel, confortável, tranquilão, vou jogar 
90 minutos, tomar banho e vou embora para casa. E o torcedor? O cara sai
de casa ou do trabalho, precisa ir para o estádio dez horas da noite, 
assistir ao jogo, voltar para casa, e ainda precisa acordar cinco horas 
da manhã no outro dia. Isso é desumano. Por isso que os estádios estão 
vazios. A CBF é apenas uma sala de reuniões", finalizou.

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